CASA REVIVER LANÇA TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA PARA ADOLESCENTES

Publicado em 20 de julho de 2019


Adolescentes usuários de drogas não são todos iguais. As drogas de abuso também não. Existe um sem-número de possibilidades de combinação entre os diversos indivíduos adolescentes e as diversas drogas de abuso e as formas de usá-las.

Entender essa diversidade de diagnóstico é fundamental para não incorrer no risco de ser simplista e ingênuo ao achar que existe um tipo de tratamento único que atenda a todos os perfis e subgrupos de usuários. Existe o grupo dos usuários experimentais; dos usuários frequentes; dos usuários que tiveram problemas social, familiar e educacional; dos que têm suporte familiar; dos que não têm nenhum suporte etc.

A meta é a abstinência (Não existem, até o momento, pesquisas que mostrem que qualquer quantidade de droga – de qualquer droga, mesmo álcool e tabaco – seja segura para a saúde do adolescente).

O serviço e acolhimento para tratamento a adolescentes com a síndrome da dependência química é realizado com conexões com os diversos serviços de saúde, lazer, educação e sociais, principalmente para aquele grupo de adolescentes cujas famílias já estão desagregadas e a figura do cuidador é frágil ou ausente.

Trata-se de um serviço inovador e pensando num modelo que complemente os serviços já existentes, investindo nos modelos que são custo-efetivos, isto é, que são testados na prática e comparados com outros modelos para determinar a efetividade.

Os princípios utilizados na Casa de Recuperação de adolescentes são com base em inúmeras pesquisas científicas, pelo National Institute on Drug Abuse (NIDA), instituto americano que congrega hoje o maior número de pesquisadores em dependência química do mundo e reúne recursos financeiros alocados na ordem do que é gasto com todas as pesquisas em todas as áreas do conhecimento aqui no Brasil. São 13 princípios descritos a seguir.

Princípio 1: O uso de substâncias psicoativas na adolescência precisa ser identificado e tratado o mais rápido possível.

Princípio 2: Os adolescentes usuários de substâncias psicoativas podem se beneficiar de uma intervenção para o uso de drogas mesmo que eles não sejam dependentes ainda.

Princípio 3: Consultas de rotina podem ser boas oportunidades para rastrear o uso de drogas na adolescência.

Princípio 4: Intervenções judiciais e pressão familiar desempenham importante papel na admissão e na manutenção do adolescente no tratamento.

Princípio 5: O tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas de cada adolescente. O tratamento deve ser individualizado e um plano deve ser traçado com base nas necessidades específicas. Alguns precisarão de monitoramento do uso de droga, outros não. Alguns precisarão de medicamentos, outros não, e assim por diante.

Princípio 6: O tratamento deve atender às necessidades integrais dos adolescentes, e não apenas ter foco no uso de substância. É preciso pensar em educação, tratamento familiar etc. Não adianta manter o adolescente internado em um hospital por seis meses sem escola, por exemplo.

Princípio 7: Terapia comportamental é eficaz no tratamento do uso de drogas na adolescência. Os adolescentes respondem bem aos incentivos motivacionais, principalmente os reforços positivos, que recompensam comportamentos positivos, como a abstinência.

Princípio 8: Incluir a família e a comunidade é um aspecto importante do tratamento. A família é responsável pelo adolescente. Não é possível transferir essa responsabilidade para o Estado, para o médico, para o psicólogo, para a escola ou para o professor. Mas a família às vezes adoece junto e precisa ser incentivada e ajudada para que possa cumprir a responsabilidade de cuidar de seus adolescentes e seguir as orientações dos profissionais.

Princípio 9: Para que o tratamento seja efetivo, é importante identificar e tratar quaisquer outras condições de saúde mental que os adolescentes possam ter. Uma avaliação médica é muito importante. Existem doenças que tratadas melhoram muito o prognóstico.

Princípio 10: Questões sensíveis, como violência, abuso e risco de suicídio, devem ser pesquisadas, identificadas e tratadas em todos os adolescentes usuários de substância.

Princípio 11: É importante monitorar o uso de drogas durante o tratamento de adolescentes. Existem testes rápidos de urina ou de fio de cabelo, que ajudam nesse monitoramento.

Princípio 12: Permanecer em tratamento por um período de tempo adequado e manter continuidade são aspectos importantes. O adolescente e a família precisam ser incentivados a se manter em tratamento. Tratamentos que não têm controles eficazes de frequência e busca ativa têm baixa adesão e falham.

Princípio 13: É importante realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HIV, hepatite B e hepatite C.

Como funciona o tratamento de drogas na adolescência

O tratamento de drogas precisa ser debatido, pois nos Estados Unidos, recentemente, constatou-se que quase 21 milhões de americanos com mais de 12 anos são dependentes químicos. A mídia tem cada vez mais reportado jovens que fazem uso de drogas ou até mesmo falecem por conta de uma overdose.

Muitos adolescentes e crianças, em torno de 8,7 milhões, com menos de 18 anos, convivem com pais dependentes químicos. A partir disso, é possível perceber que há uma influência e uma normalização no uso de drogas. Encaminhar um adolescente para o tratamento de drogas o mais cedo é o que aumenta as chances de curar o seu vício.

 

A dependência química é um problema que afeta cada vez mais pessoas, seja diretamente ou indiretamente. Quando é com um adolescente, a família sofre ainda mais por não saber como tratar e como lidar com esse assunto. Resolver o problema cedo aumenta as chances de uma recuperação que evite recaídas ou o agravamento do vício.

Principalmente na adolescência fica difícil identificar se a utilização de drogas é só para experimentar, com maior frequência ou por conta de algum problema social, familiar ou educacional. Compreender se o adolescente possui o suporte da família ou não possui suporte algum também é um fator determinante no tratamento de drogas.

Por isso, o local em oferecemos o tratamento de dependência química utiliza métodos e abordagens diferentes para tratar o problema do uso de drogas, com unificação de atendimento e tratamento, proporcionado de maneira integrada. Nos preocupamos com o adolescente de maneira integral, cuidando da sua saúde física, psíquica, educacional e social.

O objetivo dos tratamentos de dependência

A meta de qualquer tratamento em uma clínica de reabilitação deve ser a abstinência, pois não há pesquisa que demonstre que o uso de qualquer substância como álcool ou tabaco por adolescentes seja segura para a saúde do mesmo. A partir disso, é necessário buscar a desintoxicação, o que dificilmente em casa será possível. Em alguns casos, a necessidade é a remoção de dependentes químicos a fim de se ter uma internação involuntária, voluntária ou compulsória.

O tratamento, portanto, é oferecido com abordagens multidisciplinares, com conselheiro em dependência química, enfermeiro, psicólogo, assistente social e pedagogo, é o mais abrangente possível para tratar de todos os aspectos da vida do dependente químico.

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PÚBLICO ALVO

Adolescentes do sexo masculino, de 14 a 17 anos e 11 meses.

REQUISITOS PARA ADMISSÃO

·         Foto 3x4;

·         Cópia dos documentos pessoais - RG e CPF, especialmente, ou o protocolo de retirada dos mesmos;

·         Cópia do RG e CPF do responsável;

·         Cópia do comprovante de residência;

·         Declaração de próprio punho que deseja o tratamento, ou seja, que é voluntario.

·         Laudo médico declarando que não possui nenhuma doença infecto contagiosa;

·         Laudo psiquiátrico, constando o CID da doença;

·         Cópia das receitas de medicamentos que fazem uso.